PANC, Plantas Alimentícias Não Convencionais

Muitas PANCs são objeto de pesquisas confiáveis em institutos nacionais e cobiçadas por grandes laboratórios internacionais

Não é fácil distinguir o que tem do que não tem base científica nesse assunto das plantas brasileiras tidas como alimentícias e principalmente medicinais.

A crendice popular é pródiga em recomendar a ingestão de uma grande variedade de bebidas preparadas com plantas tidas como verdadeiras panacéias. Elas, supostamente,  previnem ou até mesmo curam uma série de doenças. E, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, mas praticamente em todo o Brasil, constituem um comércio de bom tamanho.

As Plantas Alimentícias Não Convencionais, são conhecidas pela sigla PANCs. São plantas que exigem pouco do ambiente, são nativas, resistentes e podem ser cultivadas em áreas de pequenas dimensões.

Sua produção é empírica e sazonal, não existindo, na maioria dos casos, uma produção regular.

A realidade é que o Brasil é um, ou mesmo o país mais rico nesse tipo de planta, e muitas delas foram e continuam sendo objeto de pesquisas confiáveis nos institutos nacionais, e muito cobiçadas pelos grandes laboratórios internacionais.

Mas, atraído pela curiosidade, pela suposta eficiência, pela conversa do vendedor ,e pelo preço, geralmente barato, o leitor poderá não suportar a tentação e beber das tais “garrafadas”. E não é impossível que até façam algum efeito, mas também uma reação negativa, como um processo alérgico ou digestivo.

Algumas plantas da região amazônica, por exemplo, são tidas como eficazes contra a diabete do tipo II, e também ajudar na luta contra a obesidade.

Por Luiz Octavio Pires Leal
Editor, titular da Academia Brasileira de Medicina Veterinária.

 

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