A interferência predatória do homem na  natureza, vem influenciando a nossa saúde há décadas

Medicina Ambiental é uma ciência que tem forte relação com a Ecologia da Saúde, e que trata do estudo da interação da espécie humana com o meio ambiente. E a saúde da nossa espécie tem relação estreita com a saúde do meio ambiente.

Há mais de 20 anos, os cientistas do ramo previram o surgimento da Pandemia do covid-19. Pena que não tenham sido levados a sério. Ao que tudo indica, essa grave virose surgiu num primeiro animal, e depois num segundo, antes de atacar praticamente toda a população do Planeta.

Privados do seu ambiente natural, várias espécies de animais, portadores de vermes, fungos, bactérias e vírus ainda desconhecidos, parcial ou totalmente, aproximam-se das aglomerações humanas, contaminando a população. E o aquecimento global também desempenha papel importante nas alterações maléficas da natureza.

Resumindo: o bem estar e a saúde humana dependem do meio ambiente. E a solução é a educação ambiental.

E a ecologia? Qual a sua definição técnica?  “Ecologia é o estudo da relação entre os seres vivos na natureza”.  E qual a sua relação com a saúde pública? Toda.

Há uma relação estreita. Toda e qualquer interferência, de quem quer que seja – causada pelo homem, como consequência do aquecimento global ou de outro fenômeno qualquer, tem consequências, de menor ou maior repercussão. A falta de alimentos é uma delas. Provavelmente a mais importante. Ela obriga os animais a invadir as cidades. E a falta ou carência de alimentos para as diversas espécies de animais na natureza, tem mais do que uma causa, ou uma combinação delas, como as enchentes, os incêndios, o extermínio de determinada espécie de animal, alimento de outra espécie; o desflorestamento, e várias outras, a maioria delas causada pela falta de educação ambiental da nossa espécie.

Por Luiz Octavio Pires Leal
Editor, titular da Academia Brasileira de Medicina Veterinária.